Os números da greve de hoje não coincidem, mas isto não é novidade. Estranho até seria se coincidissem. O sindicatos falam em 94% um valor muito próximo dos 100%.
No Primeiro Jornal da SIC, o Secretário de Estado da Educação Jorge Pedreira afirmou que os números que possuíam ainda eram provisórios, e chegou mesmo a afirmar, que demoraria uma semana a recolher todos os dados para chegarem a um valor definitivo.
Mas eis, que num passe de mágico à noite Valter Lemos afirma que foram apenas 61%. Pela primeira vez, o Ministério admitiu também que a greve teve uma adesão muito significativa.
Esta questão dos números leva-me a um assunto interessante. Na manifestação dos professores em Março, o número de manifestantes era muito elevado por isso o Governo decidiu que não divulgaria mais o números de manifestantes. Mas mais tarde esqueceu-se dessa ordem e na última manifestação de professores e da função pública já andaram a contar as cabeças.
Quando os números convêm divulgam-se, quando não interessam escondem-se ou manipulam-se.